31 de março de 2010

A Valsa:

 Tu, ontem, Na dança, Que cansa, voavas co`as faces em rosas formosas de vivo lascivo carmim. Na valsa tão falsa corrias, fugias, ardente, contente, tranquila, serena, sem pena de mim!

Quem dera
que sintas
as dores
de amores
que louco
senti!
Quem dera
que sintas!...
- Não negues
Não mintas
-Eu vi!...

Teus belos cabelos ja soltos revoltos, saltavam, voavam, brincavam no colo que é meu. E os olhos escuros tão puros perjuros volvias, tremias, sorrias, pra outro não eu.

Meu Deus! Eras belas donzela, valsando, sorrindo, fugindo, qual silfo risonho que em sonho nos vem. Mas esse sorriso tão liso que tinhas nos labios de rosa formosa tu davas, mandavas a quem?
Calado, sozinho, mesquinho em zelos ardendo eu-te-vi correndo. Tão falsa, na valsa veloz! Eu triste vi tudo.

 Mas mudo
não tive,
nas galas,
das salas,
nem falas,
nem cantos,
nem pratos,
nem voz.

Na valsa, cansaste, ficaste, prostada, turbada, pensavas, cismavas e estavas tão pálida então; Qual palida rosa, mimosa, no vale, do vento, cruento, batida, caída, sem vida no chão.

Nenhum comentário: